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Quinta-feira, Dezembro 26, 2024
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CiTin é a coqueluche dos Arcos

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Produz investigação para aumentar competitividade das empresas do Alto Minho

“CiTin é a coqueluche dos Arcos”

O concelho de Arcos de Valdevez detém um dos 31 Centros de Interface Tecnológico Industrial (CiTin) da rede nacional. A sua fundação remonta a abril de 2021, quando o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e mais 16 entidades formalizaram a constituição do CiTin-Alto Minho, que detém um capital social de 360 mil euros. 

A rede CiTin “é uma associação científica, tecnológica e de assistência técnica, sem fins lucrativos e de natureza privada. Visa o desenvolvimento de atividades de investigação e desenvolvimento, transferência de tecnologia e formação avançada, operando como um motor de inovação no ecossistema industrial, a nível regional, nacional e internacional”, lê-se no portal do Centro.

Especificamente, o CiTin-Alto Minho, sediado em Passos (Guilhadeses), tem como objetivo produzir investigação para aumentar a competitividade das empresas alto-minhotas, centrando-se em três domínios de especialização: “sistemas avançados de produção”; “sistemas ciberfísicos”; e “indústria da mobilidade e ambiente”. Podem concorrer ao CiTin os investigadores doutorados ou mestrados. 

“O CiTin é a coqueluche dos Arcos por ser a única infraestrutura do sistema científico e tecnológico na região. Pertence a uma rede nacional – montada pela Agência Nacional de Inovação, por iniciativa do Ministério da Economia – que comporta 31 centros, um dos quais está instalado nos Arcos. Somos, por isso, o farol no Alto Minho, ou não estivesse o nosso Centro apetrechado com recursos humanos altamente qualificados e de diversas nacionalidades (Irão, Brasil, Estónia…)”, sublinha o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves.

Estudo de caso na indústria metalomecânica pesada

O CiTin-Alto Minho encontra-se instalado num local onde existem empresas, pequeno polo do IPVC, espaços de tecnologia e inovação, todos dirigidos ao conhecimento. Nele desenvolvem tecnologia e inovação aplicada à indústria grupos de investigadores, maioritariamente jovens, caso do arcuense Eduardo Pontes, um engenheiro envolvido em projeto de investigação e desenvolvimento que apresentou, recentemente, numa conferência científica internacional (“uma das mais reputadas na área da ergonomia”), o artigo “Ergonomic Posture Assessment and Tracking for Industrial Cyber-Physical-Human Systems: A Case Study in the Heavy Metalworking Industry” (“Avaliação e Monitorização da Postura Ergonómica para Sistemas Ciberfísicos-Humanos Industriais: Um Estudo de Caso na Indústria Metalomecânica Pesada”). 

Tendo por base os resultados apurados, “o sistema implementado permitiu avaliar a qualidade e adequação das posturas dos trabalhadores em tempo real, possibilitando uma ferramenta de suporte à gestão para prevenção de lesões do foro musculoesquelético”.

 

“Oportunidades de cooperação para cimentar posição”

Entretanto, o CiTin prossegue o seu trabalho de “identificar oportunidades de cooperação em projetos de investigação e desenvolvimento industrial junto de entidades de referência”, com o intuito de consolidar a sua “posição de líder na área da inovação no Alto Minho”. A pensar nisso, o diretor-geral do CiTin, Sérgio Lopes, integrou uma comitiva que visitou o Centro de Supercomputación de Galicia, em Santiago de Compostela. Além do CiTin, fizeram-se representar o IPVC, a Universidade do Minho, o Politécnico do Cávado e Ave, a LINOVT (engenharia de software) e a Princess Sumaya University for Technology (Universidade da Jordânia). 

A.F.B. 

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