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Sexta-feira, Dezembro 27, 2024
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Vai ser criada nos Arcos “Quinta Ciência Viva das Ervas Aromáticas, Medicinais e Condimentais”

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Vai nascer nos Arcos um espaço rural, orientado para as ervas aromáticas, medicinais e condimentais, onde a tradição e a inovação se vão entrecruzar, de modo a desenvolver um centro atrativo tanto para os jovens, que têm de fazer escolhas profissionais, como para os empresários, aos quais se pede visão de futuro. A Quinta Ciência Viva, enquanto espaço exterior e de experimentação, terá a base sediada em Monte Redondo, na antiga quinta do Centro de Formação Profissional, um objetivo que será protocolado com a Direção-Geral do Património Cultural.

Fruto da parceria entre o Município de Arcos de Valdevez, a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e o referido espaço de Monte Redondo, a “Quinta Ciência Viva das Ervas Aromáticas, Medicinais e Condimentais” (nome provisório) irá possibilitar novas oportunidades de fruição turística sustentável, à volta de um dos principais recursos naturais endógenos. 

A Quinta Ciência Viva dos Arcos fará parte da rede nacional dos Centros Ciência Viva que compreenderá uma “pluralidade de produtos, como o vinho, a cereja, a pera-rocha, o azeite, entre outros, numa diversidade de geografias”, de norte a sul de Portugal. “Funcionará, portanto, como uma rede de Quintas, que crescerá em produtos e se prolongará a territórios de coesão e de conhecimento”, adiantou a presidente da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica (Ciência Viva) e, simultaneamente, diretora do Pavilhão do Conhecimento, Rosalia Vargas, no passado dia 9 de novembro, no Centro Ciência Viva dos Arcos – Oficinas de Criatividade Himalaya, por ocasião da iniciativa “Hoje quem manda sou eu”, em que a responsável, durante três dias, “trocou de cadeira” com o diretor José Carlos Fernandes.

A Quinta Ciência Viva a criar nos Arcos será dedicada à naturopatia (método terapêutico que consiste na ideia de que a maior parte das doenças podem ser evitadas ou tratadas por um regime vegetariano, por produtos naturais e por meios naturais, como o termalismo, o repouso, as massagens…), à hidropatia (tratamento de doenças através da água) e ao desenvolvimento sustentável, na esteira das investigações que o padre Himalaya também fez em torno do mundo da botânica e da fertilização dos solos, além de ter sido, segundo o filósofo Jacinto Rodrigues, um “precursor da ecologia e do pensamento sistémico sobre a natureza”. 

O Município arcuense, a Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, as unidades de investigação, o IPVC e as empresas parceiras irão formar esta Quinta “assente em ideias inspiradoras”. Por isso, “o projeto terá uma grande interação com a Academia e com o mundo empresarial, na lógica da inovação, experimentação e desenvolvimento de negócios”, observa João Manuel Esteves.

A Quinta Ciência Viva dos Arcos “será um espaço colaborativo que misturará a ruralidade com a interatividade e a curiosidade do Centro Ciência Viva dos Arcos”, conclui Rosalia Vargas. 

A.F.B.

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