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Desemprego nos Arcos subiu 37,5% entre junho e novembro de 2023

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O número de arcuenses inscritos no Centro de Emprego subiu 37,5% no espaço de seis meses. Segundo os dados compilados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o contingente de indivíduos sem trabalho passou de 315 em junho para 433 em novembro de 2023.

Assiste-se, há meses, a uma diminuição da atividade das empresas e a um decréscimo do número de ativos, fruto da retração económica e de um contexto de despedimentos (e de rescisões de contrato por mútuo acordo) em várias unidades fabris, com especial impacto na indústria do ramo automóvel e seus componentes, assim como nos ramos da hotelaria e restauração (a oferta de emprego, nestes setores, é sempre mais reduzida após o veraneio), prevendo-se um agravamento da situação no primeiro trimestre de 2024, devido, desde logo, ao encerramento da empresa Acco Brands (zona industrial de Paçô).  Mas, para as famílias em geral, estão reservadas más notícias a partir de janeiro. O aumento de preços habitual no primeiro mês de cada ano, combinado com o fim do IVA zero, vai trazer, alertam os economistas, “mais encargos para os consumidores, que têm de estar preparados para gastar mais dinheiro nos supermercados”.

Além de refletirem os efeitos devastadores da crise inflacionista no ano corrente, os registos do IEFP fornecem outros dados de vincada relevância. Dos 433 desempregados apurados (190 homens e 243 mulheres) nos Arcos, uma grande maioria, 399, aguarda outra experiência profissional, enquanto os restantes trinta procuram a primeira oportunidade no mercado de trabalho. 

Por idades, o grupo etário mais afetado é o que tem 35-54 anos, com 181 casos de desemprego, seguido do da faixa dos 55 e mais anos, com 111 indivíduos. Estes desempregados, principalmente a partir dos 45 anos, encontram muitas dificuldades em regressar ao mercado de trabalho, devido às políticas de contratação da grande maioria das empresas. Estão também contabilizados 65 jovens até 24 anos sem trabalho e mais 76 desempregados entre os 25 e os 34 anos. 

Com base nas estatísticas oficiais, conclui-se, ainda, que 203 dos 433 desempregados, neste concelho, têm simplesmente o ensino básico (até ao 9.º ano) como habilitações académicas, a confirmar, se dúvidas houvesse, a elevada prevalência das baixas qualificações entre a população desempregada. Enquanto isso, 184 dos indivíduos sem trabalho possuem o secundário e os restantes 46 têm formação superior.

Olhando ainda para os quadros do IEFP, verifica-se que o desemprego de longa duração (há mais de um ano) registou um incremento, ainda que ligeiro, nos Arcos entre novembro de 2022 e o mês homólogo de 2023: passou de 136 para 140 casos, respetivamente. É um sinal negativo, já que aumentou o número de pessoas em situação de desproteção económica, após perderem o direito às prestações de desemprego. 

Inversamente, o contingente de licenciados à procura de trabalho registou uma diminuição, tendo este grupo passado de 57 para 46 em 12 meses. 

Dada a reduzida oferta de trabalho existente, são escassas as colocações no mercado laboral. Para se ter uma ideia da sua exiguidade, basta referir que, em novembro de 2023, os serviços do Centro de Emprego do Alto Minho registaram o ingresso de apenas sete pessoas no mercado de trabalho de Arcos de Valdevez.  

 

“Há hoje oportunidades no mercado de trabalho”

Questionado pelo PS sobre o desemprego no concelho, com “notícias preocupantes de despedimentos que estão a acontecer em algumas unidades industriais e empresas de Arcos de Valdevez”, situação “suscetível de causar alarme social”, o presidente da Câmara Municipal, João Manuel Esteves, admitiu a existência do “problema, não só para famílias arcuenses como também para pessoas de concelhos vizinhos”, ressalvando, no entanto, que, ao contrário do passado, “há hoje oportunidades no mercado, existem empresas que estão a contratar e, além disso, há “apoios/medidas para ajudar à reconversão de ativos, com o objetivo de auxiliar estas pessoas no regresso ao mercado de trabalho”. 

 

Quadro-resumo da evolução do desemprego no concelho

. Em novembro de 2022 – 385 desempregados

. Em junho de 2023 – 315 desempregados

. Em novembro de 2023 – 433 desempregados

. De longa duração, em novembro de 2022 – 136 desempregados

. De longa duração, em novembro de 2023 – 140 desempregados

Fonte | IEFP

 

A.F.B.

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