O ano novo trouxe atualizações de preços e subidas em vários setores. Dos géneros alimentícios às rendas, do tabaco à cerveja, das telecomunicações à fatura da eletricidade, passando pelos transportes, eis alguns dos setores que sofreram aumentos em 2024.
Como já era de esperar, na sequência do regresso às taxas de IVA de 6% e 23%, aumentou o preço de alguns produtos alimentares (a isenção do IVA num conjunto de 46 alimentos, terminou a 4 de janeiro). O pão foi um dos produtos que subiram de preço de modo a “mitigar os aumentos nos custos dos fatores de produção”, justificou o presidente do Conselho Fiscal da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares. Também o azeite e o bacalhau, entre outros produtos, aumentaram de preço.
Ao contrário do que aconteceu em 2023, o Governo decidiu não colocar nenhum travão às rendas, pelo que os senhorios podem aumentar as rendas em até 6,94%, embora não sejam obrigados a aplicar esta atualização.
Por seu lado, os preços da eletricidade no mercado regulado (SU Eletricidade) aumentaram 2,9% face a 2023. Na prática, a fatura média mensal de um casal sem filhos vai encarecer 1,05 euros, para um total (valor estimado) de 37,67 euros.
A viragem do ano trouxe igualmente aumentos de preços nas telecomunicações. As três principais operadoras vão aumentar as mensalidades em linha com a inflação, apesar de o regulador do setor ter pedido “contenção”. A maioria dos tarifários será atualizada a 1 de fevereiro.
O Orçamento do Estado para 2024 trouxe um agravamento dos impostos sobre as cigarrilhas e o tabaco. Neste sentido, um maço de cigarros poderá custar, pelo menos, mais 30 cêntimos (cerca de 5,30 euros). A juntar ao agravamento da tributação, as tabaqueiras poderão adicionar uma margem de 10 cêntimos, atirando o preço do maço de tabaco para 5,40 euros.
Na saúde, o preço dos medicamentos mais baratos deve aumentar à semelhança do que sucedeu no ano findo.