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Domingo, Outubro 6, 2024
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Centro de Saúde reforça cuidados primários com viatura elétrica

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No âmbito do programa “Cuidados de saúde primários com mais resposta”, do Plano de Recuperação e Resiliência, a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) viu aprovado um apoio financeiro de 390 mil euros. Este investimento destinou-se à aquisição de 13 viaturas elétricas, uma para cada centro de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde, o de Arcos de Valdevez incluído.

Com o objetivo de melhorar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários, a nova viatura elétrica permitirá aos profissionais de saúde afetos ao Centro de Saúde de Arcos de Valdevez deslocarem-se com maior facilidade e frequência às residências dos utentes, assegurando a prestação de cuidados preventivos e curativos diretamente no domicílio.

“A implementação deste investimento é um passo significativo para o reforço da prestação de cuidados médicos e de enfermagem de proximidade, com especial atenção ao atendimento domiciliário e comunitário. Espera-se que esta medida contribua para a redução das assimetrias regionais na prestação de cuidados de saúde, garantindo uma resposta mais equitativa a nível nacional. A intervenção incidirá particularmente sobre as populações em maior risco, promovendo a desinstitucionalização e incentivando os cuidados ambulatórios”, explica a ULSAM em comunicado. 

Dentro dos grupos mais frágeis, os idosos têm especificidades bem conhecidas – mais doenças crónicas e vulnerabilidades, menos recursos sociais e financeiros… –, pelo que carecem de cuidados adequados, cabendo à ULSAM uma “resposta em consonância com essa faixa etária”. 

De acordo com os dados apurados pela ULSAM, a população sénior das áreas rurais é a que requer cuidados médicos regulares: os idosos dos grupos socioeconómicos mais desfavorecidos tendem a ficar mais dependentes do recurso aos médicos de clínica geral e dos serviços de urgência, adiando muitas vezes a ida ao médico e, por consequência, a possibilidade de melhorar o respetivo estado de saúde. 

Tendo em conta a dispersão populacional no concelho de Arcos de Valdevez, a nova viatura elétrica é considerada uma “boa ferramenta para melhorar a prestação dos cuidados de saúde primários” junto dos grupos mais vulneráveis.

 

População sénior maioritariamente do género feminino

Segundo os dados fornecidos pela plataforma Pordata, residiam em 2022 no concelho de Arcos de Valdevez 7509 indivíduos com 65 ou mais anos, o equivalente a 36,3% da população total, que era de 20 693 pessoas. 

Estratificando os registos no seio do grupo sénior, a principal conclusão é a prevalência do género feminino, fruto da sua maior longevidade, independentemente das condições económicas, sociais ou culturais. Assim, dos 7509 idosos residentes no concelho de Arcos de Valdevez naquele ano de referência (2022), 4414 eram mulheres e os restantes 3095 do género masculino. 

O aumento da expetativa de vida, aliado à baixa taxa de natalidade, tem contribuído para o envelhecimento da população no concelho de Arcos de Valdevez e isso traz desafios acrescidos para o setor da saúde, que, segundo os especialistas, “ainda carece de políticas públicas mais eficazes que atendam às solicitações” dos idosos. 

Ao invés, a população arcuense em idade ativa – dos 15 aos 64 anos – tem vindo a regredir, situando-se nos 54,7%, indicador referente a 2021. 

 

Município subcontrata à Cooperativa Agrícola serviço médico-veterinário

Sem serviço médico-veterinário municipal desde janeiro de 2024, altura em que Sónia Falcão iniciou um período de licença sem vencimento, a Câmara estabeleceu este mês de junho um protocolo com a Cooperativa, no valor de 30 mil euros, para a prestação do referido serviço e a realização de tarefas da “exclusiva responsabilidade do Município”.

“Pensámos em abrir um procedimento para contratar um(a) veterinário(a) por um prazo máximo de dois anos, até ao regresso da nossa veterinária, mas não havendo disponibilidade no mercado, diligenciámos a realização de um protocolo com a Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, que dispõe de dois veterinários e que nos vai assegurar os serviços solicitados e elencados. Esta subcontratação permite à Câmara poupar 6 mil euros”, estima o vice-presidente da edilidade arcuense.  

“Os profissionais da Cooperativa, além de qualificados, conhecem o terreno, facto muito importante para assegurar o serviço médico-veterinário com a maior eficácia possível, satisfazendo as necessidades do Município em qualquer altura”, acrescenta Olegário Gonçalves. 

Os consumíveis, como dantes, “serão custeados pela Câmara”, esclarece o executivo municipal. 

A.F.B.

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