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Domingo, Outubro 6, 2024
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Olho de Lince Arcos com a maior área ardida no distrito…

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Sendo uma tragédia, um atentado à natureza, os incêndios são um verdadeiro inferno não só no nosso País como noutros cantos do mundo. Recentemente, através dos noticiários televisivos, é badalada a informação de que os incendiários – e outros criminosos iguais – consideram que é “mais eficaz (e nada dispendioso) limpar a floresta recorrendo ao fogo”. São mentalidades perversas que contribuem para as desgraças e para o empobrecimento da natureza e da economia, além da perda irreparável de vidas humanas.

O concelho de Arcos de Valdevez, segundo os registos oficiais, é o território com a maior área ardida a nível distrital. Sem qualquer tipo de aproveitamento, ninguém deve contribuir para alimentar o calor do nosso Planeta, que alimenta e provoca as grandes inundações mundiais. Neste plano, as queimadas são parte muito importante das grandes inundações provocadas pelo calor do nosso Planeta. E todos os seres humanos são cúmplices destas tragédias. 

 

Não acredito…

A saída de António Costa e a entrada em cena do desgastado PSD pode ter agradado muito ao senhor Presidente da República (PR), mas o povo português nada ganhou com isso. Até hoje, o Governo da AD tem-se pautado pela incapacidade de decidir. Sobram os abraços e as beijocadas do senhor PR pelas ruas onde continuam os desamparados sem-abrigo, as evasões de uma “prisão de alta segurança”, as tragédias dos grandes incêndios ou a catástrofe do naufrágio de pescadores, onde o atual primeiro-ministro apareceu não para salvar e encontrar as vítimas do acidente, mas para o espetáculo cénico das televisões. E o pior é que até se consideram heróis, quando tudo não passa de comportamentos ridículos reiterados. 

Mas onde estão as prometidas mudanças? Em lado nenhum. Portugal está entregue a malabarismos aventureiros daqueles que só sabem viver à sombra dos trabalhadores… Por este caminho, é de temer o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS), já que o atual Governo parece estar interessado em entregá-lo aos privados. A acontecer, seria a maior traição perpetrada contra o povo português, e até contra o excelente trabalho que médicos e enfermeiros desenvolvem. O SNS poderá não ser o melhor da Europa, mas em matéria de saúde nunca Portugal esteve tão bem servido depois do sempre glorioso 25 de Abril. 

 

O poeta Carlos Cunha…

Carlos Cunha junto a Zé Terra, duas figuras notáveis da cultura arcuense. Os dois têm muito em comum, nasceram e viveram em Prozelo, ambos antifascistas durante o salazarismo. O Zé Terra desempenhou em Paris grande atividade intelectual, e por longos anos na conceituada Universidade de Sorbonne. 

Não sou a pessoa mais indicada para o fazer, mas não posso deixar de me insurgir contra todos os que ainda se referem com menos apreço ao Carlos Cunha. Foi professor no antigo Externato Arcuense, professor universitário no Rio de Janeiro, amigo de Ivan Lins, antigo embaixador do Brasil em Portugal e ministro no Governo de Juscelino Kubitschek. Fomos companheiros desde a juventude, e assistimos a muitas aulas gratuitas que ministrava a muitos filhos de figuras que, na época, serviam o salazarismo, mas a quem as aulas do Carlos Cunha eram indispensáveis para que seus filhos conseguissem boas notas. 

Lamento que, talvez por lapso de memória, um novo cronista deste jornal, numa falta de respeito pelos valores de Carlos Cunha, tenha acusado o ilustre prozelense de “ser dotado de fraca personalidade” e afirmado que o mesmo acabou “politicamente ligado ao CDS”. Com toda a urbanidade, recomendo ao autor de “Alô Prozelo” mais atenção e respeito por uma figura como Carlos Cunha que não tem ruas com o título de escritor, mas tem o apreço de todos os arcuenses que espontaneamente lhe reconhecem a sua grande capacidade intelectual.  

A. Peixoto

 

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