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Domingo, Outubro 6, 2024
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“Maioria dos incêndios com origem intencional”

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No passado mês de agosto (e também no corrente mês de setembro), o concelho de Arcos de Valdevez foi assolado por um número muito elevado de ignições. 

Segundo o presidente da Câmara Municipal, “é necessário reforçar os meios no terreno, tanto da GNR como da PJ, para fazer uma maior vigilância, prevenindo comportamentos intencionais. Devido às enormes ocorrências, os bombeiros chegaram a um estado de exaustão e alguns equipamentos também tiveram problemas [viaturas de combate avariadas]”, admitiu João Manuel Esteves na reunião de Câmara de 29 de agosto.

Sobre a problemática dos incêndios, João Braga Simões constatou que “a situação ocorrida no mês de agosto foi grave, sem ser, porém, um cenário diferente de anos anteriores, uma vez que o concelho de Arcos de Valdevez tem sido, recorrentemente, o território com maior número de incêndios ou com maior área ardida, ou com ambos, o que nos deve preocupar a todos, acima de tudo porque leva à exaustão os bombeiros, além de colocar pessoas e bens em risco”.

Na ótica do vereador socialista, “para combater as ignições, deve ser feito um trabalho de prevenção nos meses de inverno e, neste domínio, a Câmara também deve ser capaz de garantir alguma pedagogia da população, sendo de equacionar ainda a implementação do Plano Intermunicipal para o Fogo Controlado”.

“Com as alterações climáticas, urge tomar medidas preventivas e atuar a frio, não de cabeça quente como nas alturas em que é necessário agir com prontidão”, ressalvou João Braga Simões. 

 

“Falha grave”

O concelho de Arcos de Valdevez é, habitualmente, o concelho com o maior número de fogos a nível nacional. “Há uma falha grave que tem de ser objeto de reflexão por todos os que constituem a Proteção Civil, principalmente a nível municipal. Não é tolerável que se aceite esta realidade como normal. Não é igualmente admissível que se continue a aceitar que o nível de investimento público seja tão escasso em matéria de combate, já que a prevenção e a organização territorial são evidentemente uma falha terrível”, alerta o presidente da Associação Humanitária arcuense, Germano Amorim. 

 

GNR registou “ocorrência simultânea de alguns incêndios”

A GNR, através do Comando Territorial de Viana do Castelo, registou “a ocorrência simultânea de alguns incêndios no concelho de Arcos de Valdevez, pelo que foi intensificado o patrulhamento, encontrando-se a analisar todos os elementos recolhidos no terreno”.

Segundo revelou ao NA o tenente-coronel Paulo Miguel dos Santos Gonçalves, chefe da Secção de Operações, Treino e Relações Públicas, “neste momento, não nos é possível confirmar que existam indícios que apontem para a existência de causas criminosas em alguns dos incêndios, pelo que é prematuro divulgar detalhes que possam comprometer eventuais investigações em curso”.

Apesar disso, e dadas as ocorrências registadas, “o Comando Territorial de Viana do Castelo mantém um dispositivo de vigilância reforçado em zonas consideradas de maior risco, com o objetivo de prevenir novos incêndios e identificar eventuais suspeitos”.

Para a GNR, “a proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades da Guarda, estratégia sustentada numa atuação preventiva e num esforço de patrulhamento nas áreas florestais”.

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