O livro A Casa dos Abraços, da arcuense Fátima Marinho, foi apresentado no espaço infantil da Casa das Artes, no passado dia 19 de outubro.
Nesta sessão participada por famílias (pais e filhos), Maria José Marinho deu a conhecer a autora (irmã), ao mesmo tempo que foi desfiando o livro. “Muito inteligente e virada para as artes, a Fátima tem um coração enorme! Em tempos sentiu-se perdida nos Arcos, mas sem dúvida que este livro lhe abriu a porta do afeto, que ela queria e necessitava como arcuense. Tal como o protagonista desta obra, o Gaspar, grande de cabeça e maior de coração, a minha irmã também gosta de dar e de receber abraços”, revelou a professora de Português.
“O Gaspar ensina-nos que o mais importante não é mexer nos telemóveis e nos computadores, mas o carinho que os pais e os colegas nutrem pelas crianças”, ressalvou Maria José Marinho, defensora da “pedagogia do afeto para um mundo melhor”.
Por seu lado, a escritora Fátima Marinho desvendou a “história verídica” do livro. “O Gaspar, filho de um amigo que conheci em Lisboa, quando saía à rua, queria abraçar todas as pessoas que encontrava, mas foi proibido de o fazer por ocasião da pandemia em que toda a gente usava máscara. Ficou fechado em casa, só que depois aconteceu uma coisa muito bonita: os meninos que gostavam dos abraços do Gaspar começaram a tocar à campainha de casa para lhe darem um abraço. Ou seja, foi na casa do pai Paulo, A Casa dos Abraços, que o Gaspar passou a ser procurado por quem precisava de amor”, contou a autora, que incentivou o público infantil a ler e a explorar as interações sociais.
Entretanto, Fátima Marinho prepara um segundo livro, uma “história mais densa, vocacionada para adultos”, a publicar aquém e além-fronteiras.