O PCP acusa o Estado de afastamento do Parque Nacional (PN) e defende a auscultação de residentes e entidades sediadas no território.
“As declarações de amor à natureza e à biodiversidade de sucessivos governos contrastam com a sua prática, que concretiza a política de direita, nomeadamente no desinvestimento nos meios humanos, materiais e técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e com o modelo de cogestão das áreas protegidas, o que tem vindo a afastar o Estado de uma presença adequada no PN”, queixam-se as direções da organização regional do PCP de Viana do Castelo, Braga e de Vila Real, em comunicado conjunto.
Segundo o PCP, “o caminho trilhado até hoje não garante a salvaguarda do meio ambiente e dos ecossistemas, tão-pouco defende as populações”, como se constata na “perda de mais de 1600 habitantes (quase 20%) nas 22 freguesias abrangidas pelo território do PN, registada nos Censos 2021”.
Os subscritores do comunicado preconizam que o desenvolvimento do único PN “deve ser harmonioso, integrando as populações que nele habitam e invertendo os processos de desertificação das suas aldeias e freguesias”.
O PN abrange os concelhos de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, Terras de Bouro, no distrito de Braga, e Montalegre, no distrito de Vila Real.