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Associação de Pesca Desportiva do Vez coleciona títulos

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A Associação de Pesca Desportiva do Vez (APDV) é um autêntico “alfobre” de campeões na elite nacional e internacional. No papel de presidente (mas também de atleta e de selecionador nacional), José Carlos Caçador Marinho, de 69 anos, é um dos obreiros do sucesso e a ele se deve a projeção da coletividade arcuense aquém e além-fronteiras.

Apesar dos recursos limitados, a APDV tem no seu palmarés “um vice-campeão do Mundo e um terceiro classificado na modalidade de pesca com isco artificial, por intermédio do arcuense Fernando Fernandes, isto num contexto em que as seleções internacionais usufruem de melhores condições”, ressalva José Carlos Marinho.

Sem qualquer paralelo no restante desporto arcuense, a APDV tem 12 campeões nacionais (pluma e isco artificial), isto já para não falar nos vice-campeões nacionais, a que se juntam vários títulos regionais em água doce, e ainda diversas taças de campeões regionais por clubes.  

Filiado na pesca desde 1997, à época no Clube de Caça e Pesca de Arcos de Valdevez, depois na Associação Cultural de S. Jorge, José Carlos Marinho foi um dos cofundadores da APDV, conjuntamente com José Viana Carmo e Jorge Gonzalez. “Ao todo, já são 27 anos nestas andanças”, atalha Marinho, campeão nacional de pesca à truta com isco artificial em 2014 e protagonista de 13 participações em Campeonatos do Mundo como selecionador e atleta. 

Com várias organizações internacionais “bem-sucedidas” – caso do Open Internacional de Pesca à Pluma no rio Vez e no rio Coura em 2016 –, o presidente da APDV recorda que os eventos ligados à pesca são uma “oportunidade para trazer pessoas e para divulgar a beleza do nosso território e dos nossos rios”. A este respeito, a APDV já organizou três Campeonatos do Mundo e um Campeonato da Europa, tendo sido distinguida pelo Município, em 2012, com a Medalha de Mérito Desportivo pelos “seus relevantes serviços em prol do Concelho”.

Como sinal de reconhecimento pelo trabalho levado a cabo há vários anos, José Carlos Marinho foi empossado recentemente como vice-presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva (FPPD), depois das eleições realizadas no passado mês de julho. Na qualidade de número dois da Direção liderada por Carlos Baptista, o arcuense José Carlos Marinho pretende “dar o melhor apoio possível às seleções que vão representar Portugal” e “alterar regras que forem julgadas pertinentes”. 

Época de sucesso

Na presente época, a APDV juntou vários títulos ao seu recheado currículo e um domínio avassalador na modalidade de pesca à pluma. “Tivemos um campeão nacional na vertente de pesca à pluma, através de Tiago Castro. E, nos dez primeiros, colocámos seis atletas da APDV, o que é muito bom. Com toda a segurança, pelo menos quatro atletas da APDV vão representar a Seleção de Portugal no Mundial em 2025 ou no Europeu, segundo a escolha que for feita pela FPPD”, refere José Carlos Marinho.

Já no Campeonato Nacional de Pesca à Truta com Isco Artificial, cuja competição foi concluída recentemente com duas provas no rio Vez, a APDV também fez jus aos seus pergaminhos com “o apuramento de três atletas para a Seleção de Portugal no ano que vem”. 

No que resta da temporada ainda falta disputar a Taça de Portugal de Pesca à Pluma, cabendo à APDV tentar renovar o título conquistado em 2023, por intermédio de José Aleixo. 

 

Pesca à pluma motiva ingresso de vários atletas 

A APDV aumentou, em tempos recentes, o número de praticantes, a maioria proveniente de concelhos vizinhos. “Muitos atletas de pesca à pluma ingressaram no nosso clube, pelas condições que oferecemos e pelo ambiente familiar”, justifica José Carlos Marinho.

O Torneio de Pesca à Pluma que a APDV organiza tem ajudado ao crescimento desta modalidade. “Os atletas têm gostado e muitos acabam por ingressar nas fileiras do clube, caso do atual campeão nacional de pesca à pluma, Tiago Castro, que pescou pela primeira vez como federado este ano, logrando logo o título de campeão nacional. Também Bruno Peres ficou muito bem classificado”. 

De sublinhar que os atletas de pesca à pluma da APDV já motivaram a realização de reportagens na televisão espanhola. 

 

Invasão de espécies predadoras

As espécies exóticas “são provenientes da barragem das Conchas. O ICNF já foi alertado por nós. Também o corvo-marinho é um grande predador, noutros países, já está a ser controlado. Talvez por falta de comida no mar, o corvo-marinho passou a ser uma espécie residente nos nossos rios, onde cria situações adversas à atividade da pesca”, alerta José Carlos Marinho, defendendo a “redução da população desta ave marinha”. 

Como espécies exóticas proliferam no rio Vez “a perca e o góbio”, enquanto o rio Lima está cada vez mais povoado “de achigã, carpa e perca”. 

 

Futuro “promissor”

Com 175 sócios, a APDV tem 25 atletas a competir, além dos pescadores recreativos que participam em organizações sob a chancela da coletividade arcuense, como o IV Torneio de Pesca à Pluma no rio Minho, a decorrer no próximo sábado, 24 de agosto.  

“O futuro é promissor, temos lutado por isso. E vamos continuar a lutar, com dedicação e amor à causa, no sentido de elevar a pesca desportiva dos Arcos”, compromete-se José Carlos Marinho, especialista na modalidade de pesca à truta com isco artificial (vinil e rapala). 

Os apoios do Município, das juntas de Arcos (São Paio) e Giela, de Arcos (São Salvador), Vila Fonche e Parada, de Cabreiro, bem como do tecido empresarial (Bricelta, e+super e Portas Arcuense), são “um auxílio importante”, mas o valor angariado está longe das despesas que a APDV suporta em viagens, estadias, atestados médicos, inscrições de atletas, entre outros custos. 

A.F.B.

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