O diretor do programa ‘Wine Business Management’, da Porto Business School, é de opinião que a região dos Vinhos Verdes tem um “futuro promissor”.
“Estamos a falar de uma região maioritariamente de [vinhos] brancos, que dá resposta às grandes tendências, quer de vinhos mais leves e frescos, para consumo fora das refeições, quer de vinhos menos alcoólicos. É a única região no país, e das poucas no mundo, que produz vinhos com graduações baixas, uma vantagem competitiva que deve ser usada na sua promoção”, defende Vasco Costa Magalhães, acrescentando que a oferta de Vinho Verde “contempla, ainda, vinhos com maior complexidade e vocação gastronómica, a partir de castas diferenciadoras e com um caráter muito autêntico”.
O responsável frisa também que o decréscimo estrutural de vendas nos mercados tradicionais poderá ser atenuado pelo crescimento em países que hoje quase não consomem vinho.
Vasco Costa Magalhães exorta o mercado produtor a “ir mais além no storyelling [arte de contar histórias] e na comunicação, procurando pontos que realmente diferenciem o seu projeto e o tornem único”, e que não se devem centrar somente na venda do seu vinho, mas “olhar para o turismo com uma parte importante do negócio”.