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Quinta-feira, Dezembro 26, 2024
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Alunos do estrangeiro atenuam decréscimo da população escolar no Agrupamento de Valdevez

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Esta sexta-feira, 15 de setembro, é dia de apresentações para os alunos nas várias unidades do Agrupamento de Escolas de Valdevez (AEV). Mas os alunos oriundos do estrangeiro já conheceram os cantos à casa na véspera da receção à comunidade escolar em geral, embora só na próxima segunda-feira, 18, é que comecem as atividades letivas dentro do horário que abrange o período entre as 8h30 e as 17h15. 

O ano letivo 2023/24 será marcado por um transtorno. “De entre as novidades, há a registar um constrangimento: a diminuição do crédito horário que limita o recurso a estratégias pedagógicas que impliquem horas de apoios transversais. Este facto obrigou a estabelecer prioridades e a decidir apoiar os 7.º e 10.º anos e as turmas com alunos com medidas seletivas, mantendo o reforço nas disciplinas sujeitas a exame, a coadjuvância e o apoio a Português Língua Não Materna”, adianta a diretora do AEV. 

Segundo Anabela Araújo, “como nova resposta pedagógica às fragilidades, será implementado o pensamento computacional no 3.º ano (1.º ciclo) e no 5.º ano (2.º ciclo). Por seu turno, o ‘Clube Vezmeteo’ iniciará as suas atividades de desenvolvimento de técnicas de análise e previsão meteorológica e de sensibilização para as alterações climáticas. Enquanto isso, as ações do programa Erasmus, nos últimos anos, ganharam um novo impulso e, portanto, as aprendizagens registadas nas partilhas de boas práticas serão disseminadas na comunidade escolar”, destaca a responsável. 

A população escolar do AEV regista, este ano, um decréscimo, ainda que ligeiro, face ao ano letivo transato. “O ano 2022/23 compreendeu um total de 1987 estudantes inscritos, dos quais 99 eram oriundos de vários países. O presente ano letivo apresenta 1947 alunos. Do estrangeiro, já há a registar 38 inscrições. França e Brasil são os países com maior número de registos. Até meados de janeiro, este número tende a aumentar”, estima Anabela Araújo. 

“Criar oportunidades e responder às necessidades”

“Confiança” é a palavra de ordem no AEV. “Acreditamos nos resultados do trabalho, do empenho e da dedicação de todos. Desta simbiose resultarão contributos positivos com impacto no crescimento e na transformação das crianças e dos jovens que acolhemos e que esperam de nós o melhor”, sublinha a diretora do mega-agrupamento. 

“Continuaremos, por isso, empenhados na construção de uma escola inclusiva e solidária e cada vez mais plural, apostada em consolidar o envolvimento dos seus agentes no processo de ensino e aprendizagem, criando oportunidades, desenvolvendo soluções, dando respostas à comunidade e, particularmente, às necessidades e expetativas de cada um dos alunos que escolheram fazer parte desta comunidade”, garante Anabela Araújo.

 

Resultados dos exames nacionais no ano letivo findo

De acordo com os números e indicadores fornecidos ao NA pela Direção do AEV, no ano letivo 2022/23, realizaram-se 325 exames nacionais (mais 19 do que em 2021/22). Destes, 219 em disciplinas do 11.º ano e 106 em disciplinas do 12.º ano. Biologia e Geologia, Física e Química, Matemática A e Português foram as disciplinas que contabilizaram maior número de provas. O 11.º ano registou médias superiores à média nacional nas disciplinas de Economia A (a média mais elevada no AEV), Geografia A, História da Cultura e das Artes, Matemática Aplicada às Ciências Sociais, Filosofia e Inglês. Ao invés, as disciplinas de Biologia e Geometria Descritiva (a média mais baixa) ficaram abaixo da média nacional. 

Por seu lado, os alunos do 12.º ano apresentaram resultados médios superiores à média nacional nas disciplinas de Português (a média mais elevada no AEV), Matemática A e História A. Apenas Desenho A ficou ligeiramente abaixo (a média mais baixa) da média registada a nível nacional. 

 

Colocados 89 alunos no ensino superior 

À primeira fase do Concurso Nacional de acesso ao ensino superior candidataram-se cem alunos (menos 11 do que no ano anterior) e foram colocados 89 (apenas 11 não conseguiram o desiderato). Destes, 53 (60%) ficaram colocados na primeira opção, 16 (18%) na segunda escolha, 7 (8%) nas terceira e quarta opções e 3 (3%) nas 5.ª e 6.ª escolhas. No curso seletivo de Medicina ingressaram três alunos do AEV.

Olhando para o quadro geral, verifica-se que “as colocações abrangem 56 cursos”: Gestão (6); Contabilidade e Administração (6); Engenharia Mecânica (4); Medicina (3); Ciências Farmacêuticas (3); Relações Internacionais (3); Direito (3); Solicitadoria (3); Engenharia Informática (3); Engenharia e Gestão Industrial (2); Engenharia Biomédica (2); Economia (2); Enfermagem (2); Biologia (2); Contabilidade (2); Contabilidade e Fiscalidade (2); Marketing (2); Design do Produto (2); Inteligência Artificial e Ciência de Dados (2).  Os restantes 35 colocados ingressaram “em cursos ligados às diferentes Engenharias, à Economia e Gestão, à Saúde e Ciências da Nutrição, entre outros”.

As instituições do ensino superior que vão acolher o maior número de alunos oriundos do AEV são a Universidade do Minho (20), o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (16), o Politécnico do Porto (12), a Universidade do Porto (11), a Universidade de Coimbra (9) e o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (7).

A.F.B.

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