O temporal (chuva forte e persistente) que se fez sentir na madrugada do dia 26 de outubro deu muito trabalho aos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez (BVAV) e aos Serviços de Proteção Civil Municipal (SPCM). “O mau tempo está a ter um forte impacto financeiro, por via de estragos em infraestruturas (muros), limpezas e desobstrução de vias, mas, felizmente, não se registaram danos humanos”, diz o executivo municipal.
Devido à subida do nível de água em locais vulneráveis, ocorreram inundações na Valeta (a água entrou em alguns estabelecimentos) e em vários pontos da Ecovia do Vez. A inundação na Valeta obrigou ao “corte temporário do trânsito”, em virtude do “enorme refluxo de água, com repercussões na dificuldade de drenar a água na área em questão”, disse o presidente do Município, na reunião de Câmara desta quinta-feira.
“Há medidas que poderão ser tidas em consideração na Valeta, eventualmente o encerramento do canal de drenagem por causa da problemática do refluxo”, acrescentou João Manuel Esteves.
A norte do concelho, no pontilhão de Gondoriz, um casal arriscou passar a ponte alagada, mas a água abundante deixou o carro parcialmente submerso. Apesar do susto, os dois ocupantes saíram pelo próprio pé. O carro foi removido pelos BVAV.
As restantes ocorrências prenderam-se sobretudo com desabamentos e infiltrações. A intempérie provocou a derrocada de um muro adstrito a uma habitação recém-construída junto à rotunda da “Ponte Nova” (vila dos Arcos). Em Grade, verificou-se o aluimento de um valado para a respetiva faixa de rodagem (temporariamente impedida na direção sul-norte).
As chuvas torrenciais estiveram ainda na origem de infiltrações no parque habitacional do Bairro do Sobreiro (Giela) e no Centro de Atividades Ocupacionais e Lar Residencial, da Santa Casa da Misericórdia, não tendo sido necessário retirar os utentes.
As chuvas fortes também fizeram transbordar riachos e ribeiras.
Efeitos da tempestade Aline
A tempestade Aline, na semana anterior, já tinha provocado várias ocorrências neste concelho, nomeadamente inundações, aluimentos e quedas de árvores.
Como sempre acontece nestas circunstâncias, os BVAV e os SPCM tiveram de desimpedir diversas vias de passagem, nomeadamente em Ázere, Soajo, Cabana Maior, Paçô, Sabadim, Álvora, Eiras e Portela, situações provocadas maioritariamente pela queda de árvores para as vias de circulação automóvel.
A situação mais complicada verificou-se na Estrada Nacional 202, nas proximidades do Mezio, onde a queda de uma árvore provocou alguns condicionalismos na circulação rodoviária durante cerca de uma hora.
Previsão de chuva para os próximos dias
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê a continuação de tempo molhado até fim do mês.
