A deputada Emília Vasconcelos, da CDU, levou à Assembleia Municipal as anomalias existentes no setor dos transportes públicos.
“Há uma carência muito grande nesta área, a população idosa está cada vez mais isolada e não tem outra alternativa que não viajar de táxi para se deslocar, o que fica muito oneroso. Por isso, devido à falta de meios financeiros, há muitas pessoas que se isolam, com todas as consequências daí inerentes”, lamentou a deputada do Vale.
Na réplica, o presidente do Município disse “subscrever as preocupações” da deputada da CDU, acrescentando que as carências na área dos transportes resultam do subfinanciamento do Estado Central. “Há alguns anos, a Câmara Municipal dava o seu apoio normal, mas, atualmente, para garantir que há transportes públicos nos Arcos, o Município tem de despender 600 mil euros. Terá de haver, portanto, um maior investimento do Estado Central, em colaboração com as autarquias, para podermos melhorar o sistema de transporte público. Uma deslocação da Gavieira aos Arcos (e Arcos-Gavieira) custa tanto como um passe mensal para as áreas metropolitanas de Lisboa ou Porto. Temos de mudar isto, para que as pessoas tenham melhores condições de mobilidade. Essa competência que o Estado Central transferiu para os municípios foi um presente envenenado, consequência disso são os problemas existentes. Este Governo deveria ter alterado a política relativa aos transportes, veremos as circunstâncias em que isso pode acontecer depois dos estragos que foram feitos”.
A respeito do concurso da rede dos transportes públicos que a CIM Alto Minho lançou pela segunda vez, o edil de Arcos de Valdevez, em resposta a um pedido de esclarecimento formulado pelo presidente da Mesa da Assembleia, adiantou que “a Câmara não recebeu nenhuma comunicação formal, só depois disso é que poderá adjudicar uma proposta”.
“A CIM Alto pretende projetar a rede para melhorar o serviço, ganhar escala e, ao mesmo tempo, resolver problemas de intermunicipalidade”, resumiu João Manuel Esteves.