Depois de três tentativas falhadas no dia 26 de março, os 230 deputados da Assembleia da República voltaram no dia seguinte a reunir-se em plenário para eleger o presidente da Assembleia da República. O social-democrata José Pedro Aguiar-Branco, eleito pelo círculo de Viana do Castelo nas legislativas de 10 de março, reuniu 160 votos a favor, na quarta votação, sucedendo ao socialista Augusto Santos Silva. O deputado do Chega, Rui Paulo Sousa, obteve 50 votos, registando-se 18 votos brancos.
A eleição de José Pedro Aguiar-Branco foi possível após um entendimento entre o PS e o PSD para uma Presidência dividida, devendo Francisco Assis assumir o lugar a partir de 2026, isto se o Governo de Luís Montenegro se mantiver em funções nessa altura.
José Pedro Aguiar-Branco, de 66 anos, foi eleito deputado entre 2005 e 2019, tendo ocupado o cargo de ministro da Defesa no Governo liderado por Passos Coelho, entre 2011 e 2015, e de ministro da Justiça no Governo PSD/CDS-PP encabeçado por Pedro Santana Lopes, em 2003-2004.
Foi também presidente do grupo parlamentar social-democrata na XI Legislatura e vice-presidente do partido de abril de 2008 a março de 2010, durante a liderança de Manuela Ferreira Leite.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1980, Aguiar-Branco iniciou no mesmo ano o exercício da advocacia na primeira sociedade de advogados constituída em Portugal.
As quatro vice-presidências da Assembleia da República estão nas mãos de Teresa Morais (PSD), Marco Perestrello (PS), Diogo Pacheco de Amorim (Chega) e Rodrigo Saraiva (Iniciativa Liberal).