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“O dia 25 de Novembro de 1975 marcou o início da democracia representativa em Portugal”

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O 25 de Novembro de 1975 polariza sempre divisões, diferenças de opinião e omissões e a Assembleia Municipal de 30 de novembro foi disso um pequeno exemplo. Passados 48 anos sobre a efeméride, os partidos de direita com assento no órgão deliberativo celebraram a data, “que livrou o país de uma nova ditadura”, ao invés, os eleitos de esquerda, talvez por terem o entendimento de que se tratou de uma “contrarrevolução para fechar as portas que Abril abriu”, optaram por não evocar o acontecimento. 

Diz a História que o 25 de Novembro de 1975 foi uma “tentativa de reconciliação e estabilização política”, com uma “intervenção militar liderada pelo general Ramalho Eanes, que procurava restaurar a ordem e evitar uma possível deriva para a esquerda radical”. A data assinalou o “fim do Processo Revolucionário em Curso (PREC)” e o “início da democracia representativa em Portugal”. 

“Foi a 25 de Novembro, graças a militares dirigidos por oficiais que lutaram pelos valores de 25 de Abril e a políticos como Mário Soares, Francisco Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa, que se determinou a consagração dos valores de Abril, derrotando os revoltosos que pretendiam instalar, através de um golpe de Estado, um regime totalitário de esquerda”, começou por dizer a deputada Maria do Céu Rodrigues, do CDS, que se atirou aos partidos de esquerda do espectro político nacional. 

“Se, por um lado, percebemos que alguns políticos ligados ao PCP e ao Bloco de Esquerda queiram apagar da História este dia (estão do lado dos perdedores), por outro, não se percebe por que razão é que alguns socialistas estão contra a vontade de outros democratas quererem festejar o 25 Novembro”, argumentou a porta-voz dos centristas.

“Em nome da verdade histórica, entendemos realçar a importância desta data que não deve ser esquecida e que deve ser lembrada e homenageada tal a implicação que teve na consolidação dos valores que estão subjacentes à nossa vivência política de liberdade e de democracia parlamentar”, concluiu Maria do Céu Rodrigues. 

Subscrevendo “em pleno” a posição do CDS, o grupo municipal do PSD, por intermédio do deputado José Lago Gonçalves, sublinhou que “o 25 de Novembro de 1975 foi um dia histórico para Portugal, porque marcou o fim do PREC e o início, finalmente, do novo período de verdadeira democracia representativa em Portugal”.

“A liberdade que nós conquistámos em 25 de Novembro refere-se à liberdade em todas as suas dimensões: social, política, económica e individual, todos os dias, e em todos os atos. Fez-se Abril a 25 de Novembro, dissemos ‘não’ à transformação de Portugal numa nova ditadura e dissemos ‘sim’ à completa estabilização das conquistas e dos valores de Abril, não para os de esquerda ou os de direita, mas sim para todos e para todas”.

Citando Alexandre O’Neill – “Estou onde não devia estar. Estou no compêndio de História onde a mentira se organiza para proclamar uma verdade” [poema “A Pluma Caprichosa”] –, José Lago Gonçalves defendeu que, “através do 25 de Novembro, temos hoje uma democracia que devemos preservar sempre, que nos permite em liberdade ser o que quisermos, pensar o que quisermos e dizer o que quisermos”.

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