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Heliporto apto para acolher no futuro base de drones da Força Aérea Portuguesa

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O presidente do Município de Arcos de Valdevez, em várias alocuções públicas, tem defendido o uso de drones para vigilância e prevenção de fogos florestais, mas o projeto dos “aviões não tripulados” não sofreu avanço significativo até agora e, mais do que isso, o sistema tecnológico que substitui pilotos por operadores não é suficientemente conhecido pela maioria dos agentes da Proteção Civil. Apesar disso, é da estreita articulação entre o uso de máquinas e de tecnologia com as práticas correntes de prevenção que, segundo os peritos, resultará “a mitigação do perigo de incêndios”.

Desde 2014 que, no âmbito de uma demonstração no Centro de Meios Aéreos (CMA)/Heliporto, em Souto/Tabaçô, foi sugerida a utilização de drones para missões de verificação de perigos, deteção de fogos e localização de meios, visto as “aeronaves” apresentarem várias potencialidades.  

O drone, criado e testado para reforçar a rede de vigilância aérea, tem menos de 2 metros, pesa menos de 4 quilogramas, é operável de dia e de noite, voa horas seguidas até ser abastecido, está munido de recetores rádio e de uma câmara de vídeo e, desmontado, quase cabe numa caixa de ferramentas. Não obstante as suas “virtualidades”, os drones ainda não estão ao serviço da rede de vigilância, e, por ocasião da inauguração das obras de ampliação do heliporto, no passado dia 11 de julho, foi sublinhado pelo edil João Manuel Esteves que o CMA estava “apto para acolher no futuro uma base de drones da Força Aérea Portuguesa”. 

Antes desta jornada festiva em pleno Dia do Concelho, a Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez (AHBVAV), interpelada por este jornal sobre a temática em apreço, disse “ser absolutamente desconhecedora de qualquer matéria que se relacionasse com o uso de drones e muito menos no CMA”, acrescentando que era de interesse “saber o que se fez e já agora quanto custou esse investimento aos cidadãos”. 

Segundo a Associação Humanitária arcuense, “o uso de bots [robôs virtuais com aplicativos automatizados] pode ser no futuro a chave para a prevenção florestal, muito mais do que os drones. […] De resto, qualquer ser humano estrategicamente colocado em pontos de vigia poderá ser muito mais eficaz no diagnóstico de qualquer cenário. Em todo o caso, o uso de bots será o futuro, mas, de momento, além de cara, esta tecnologia ainda apresenta uma eficácia duvidosa”, ressalva a AHBVAV. 

Certa é a fórmula para proteger os recursos naturais, independentemente da tecnologia associada.  “A prevenção e a limpeza, aliadas a uma política de fiscalização, continuarão a ser bastante mais eficazes [na missão de salvaguardar a floresta]”, sublinha a Direção da Associação fundada em 1889. 

“Premente a aquisição de material de desencarceramento moderno”

Sem rodeios, para a AHBVAV existem prioridades que continuam adiadas. “Há matérias muito mais prementes [do que os drones] e verdadeiramente relevantes para serem discutidas em sede de Proteção Civil Municipal. A mais relevante é a aquisição de material de desencarceramento moderno, eficaz, rápido e de fácil manuseamento. É material muito caro, mas que urge adquirir para que possamos dar resposta mais célere no socorro a acidentes rodoviários e, também, para uso em incêndios com painéis fotovoltaicos”, alerta a prestimosa Associação arcuense. 

A.F.B.

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