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Quarta-feira, Dezembro 11, 2024
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“Obra do hangar robustece capacidade do dispositivo do Centro de Meios Aéreos”

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Ministro da Administração Interna presidiu ao ato de inauguração

“Obra do hangar robustece capacidade do dispositivo do Centro de Meios Aéreos”

No passado dia 15 de julho, foi inaugurado o hangar do Centro de Meios Aéreos (CMA) de Arcos de Valdevez (sediado em Tabaçô), numa cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna. O investimento, de quase 1 milhão de euros, reforça a capacitação do heliporto em termos de combate a incêndios já para este verão, que se prevê “exigente”, e satisfaz um pré-requisito com vista à futura certificação do equipamento para emergência médica e voos de aviação civil.

Segundo José Luís Carneiro, “o investimento efetuado no CMA dos Arcos, agora que está apetrechado com o hangar e com o segundo helicóptero, vai robustecer a capacidade do dispositivo da Proteção Civil para o denominado ataque inicial, um fator decisivo se tivermos em conta que, em 2022, cerca de 90% dos incêndios (mais de 12 mil) foram debelados até aos 90 minutos”, sustentou o ministro da Administração Interna, na presença de inúmeras individualidades políticas, militares e civis. 

Para o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que se mostrou rendido ao trabalho do presidente da Federação de Bombeiros de Viana, Germano Amorim, “o CMA de Arcos de Valdevez, além de proteger pessoas e bens, salvaguarda territórios muito específicos, como o do Parque Nacional, e serve toda a região nortenha e o país, quando tal for necessário. Mas este CMA não é só importante pela segurança real que encerra, é também vital pela segurança percecionada que dá às nossas populações, circunstância que permite uma maior fixação de pessoas, além de promover melhores possibilidades de investimento”, disse o brigadeiro-general, José Manuel Duarte da Costa, reconhecendo que, apesar dos investimentos executados, urge “instalar torres conectadas a sistemas de videovigilância permanentes (com alarmes), para deteção de incêndios, em todo o país”. 

 

Por seu lado, o comandante sub-regional, Marco Domingues, sublinhou que “o CMA de Arcos de Valdevez está localizado praticamente no coração do centro geográfico do Alto Minho e os meios que nele operam têm um raio de intervenção de 40 quilómetros, abrangendo quatro sub-regiões do norte (Alto Minho, Cávado, Ave e Alto Tâmega e Sousa, num total de 22 municípios), cerca de 90% do Parque Nacional e a integralidade do espaço de Proteção Total das matas do Ramiscal, Cabril e Albergaria”.

 

Solicitações ao Governo

O presidente da Câmara Municipal salientou que “a construção do hangar, bem como o alargamento das zonas de estacionamento e aterragem, vem aumentar substancialmente a operacionalidade do CMA (a funcionar desde 1996), permitindo albergar, o ano todo, dois ou mais helicópteros ligeiros, médios e pesados, […] pilares estruturais para a prevenção e combate dos incêndios rurais nos distritos de Viana, Braga e Vila Real”.

“Com estas novas instalações, melhorámos muito as condições de trabalho de bombeiros, brigadas da UEPS [Unidade de Emergência de Proteção e Socorro] e pilotos. Além disso, a operação pode ser alargada, no futuro, a outros âmbitos, nomeadamente em termos de emergência médica ou outras missões”, acrescentou o edil arcuense.

Na presença do ministro da Administração Interna, João Manuel Esteves instou o governante a: “dotar o concelho de, pelo menos, mais duas equipas de sapadores florestais”; “reforçar o apoio financeiro para melhorar instalações, equipamentos e viaturas dos Bombeiros Voluntários”; “estreitar a articulação com os ministérios do Ambiente e da Agricultura ao nível dos fogos controlados e queimadas”, “desbloquear a aprovação da atualização do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Fogos Rurais”; e “reforçar o efetivo de guardas para o posto da GNR de Arcos de Valdevez, que tem entre 23 e 27 guardas ao serviço”.

Em resposta, José Luís Carneiro comprometeu-se a “gerir com muito critério os recursos existentes para investir na capacitação dos dispositivos locais e sub-regionais da Proteção Civil”. Quanto ao reforço dos meios humanos da GNR, o governante admitiu “avaliar essa possibilidade com o Comando Geral da GNR, muito embora os indicadores de criminalidade tenham baixado no concelho de Arcos de Valdevez”, observou o ministro da Administração Interna.

 

Duas perguntas a José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna

“A profissionalização dos bombeiros tem sido uma prioridade do Governo”

  1. Porque é que o Alto Minho, no âmbito do programa ‘Mais Floresta’, só teve direito a um veículo de combate a incêndios florestais, de um total de 81 viaturas?

Essa foi uma decisão técnica que já estava tomada quando assumi funções, como tal tive de respeitar a medida, […], mas sublinho que o Governo, no âmbito do PRR, está a investir mais de 14 milhões de euros na aquisição de veículos destinados ao combate aos incêndios. 

  1. O número de bombeiros na região é considerado “escasso”. Em que medida há necessidade de criar mais incentivos?

Aí, nada posso fazer, porque já há incentivos e eles são conhecidos. Existe um regime de voluntariado e estão a ser criadas equipas de intervenção permanente (EIP) para financiar a profissionalização dos bombeiros. Em quatro anos, o Governo investiu 100 milhões de euros na profissionalização dos bombeiros, com esse dinheiro podíamos comprar vários veículos. Esta opção significa que a profissionalização, por intermédio das EIP, tem sido uma prioridade importante do Governo.

A.F.B.

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