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Sábado, Janeiro 18, 2025
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Ação de marketing territorial “É preciso desenvolver uma agenda de eventos (inter)nacionais para capitalizar o turismo”

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O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, esteve de visita ao concelho de Arcos de Valdevez no passado dia 2 de dezembro a convite do edil João Manuel Esteves, numa jornada que visou sobretudo “capitalizar o turismo de natureza” através da “valorização/qualificação do único Parque Nacional (PN)”. Também o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins, e o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, participaram nesta ação de marketing turístico.

Na sessão presenciada no Paço de Giela por empresários de hotelaria, restauração, alojamento e animação turística, o presidente da Câmara Municipal fez uma apresentação sumária sobre os “trunfos” que o território oferece para quem o visita. “A mobilidade no espaço da Eurorregião, o património, a História, a cultura, a gastronomia, o enoturismo, a porta de entrada no único PN, a natureza em estado puro, a segurança e a construção de memórias são os principais polos de referência de Arcos de Valdevez e neles reside a nossa visão para o turismo”, começou por dizer João Manuel Esteves.

Tendo como horizonte o futuro imediato, o autarca solicitou à tutela “um apoio majorado para os investimentos das ‘micro’ e pequenas empresas nos territórios de baixa densidade” e, complementarmente, apelou ao “lançamento de um programa nacional com vista à valorização dos locais de visitação do PN”. 

 

“Quem sabe se não podemos organizar nos Arcos uma Eco Summit?”

Na estratégia fixada pelo Município para 2030 cabem “metas” como “aumentar a estada média de 2 para 2,5 noites”; “reduzir a taxa de sazonalidade de 44% para 36%”; “incrementar o peso dos hóspedes internacionais de 23% para 40%”; “aumentar a receita por quarto disponível de 40 para 70 euros”; “aumentar de 114 para 160 euros o valor dos proveitos totais por hóspede nos empreendimentos turísticos”; e “aumentar para 50 euros o gasto médio dos visitantes internacionais nos negócios de restauração e bebidas”, elencou João Manuel Esteves, que disse partilhar da opinião do TPNP no que toca à “necessidade de desenvolver uma agenda de eventos (inter)nacionais, onde, quem sabe, podemos organizar nos Arcos uma Eco Summit, com a pujança que a Web Summit tem”. 

 

“A valorização do PN deve ser uma prioridade do Governo”

O presidente do TPNP sublinhou que “a região norte liderou o ranking do turismo nacional (interno) em 2023 e isso foi muito graças a territórios como o de Arcos de Valdevez que, no pós-pandemia, conseguiram reter e conquistar os portugueses, sendo de destacar o impulso de mercados internacionais, desde logo o norte-americano, bem como a aposta emergente nos mercados nórdicos, que procuram sobretudo o turismo de natureza, o património cultural e as rotas”, revelou Luís Pedro Martins, que incentivou os empresários presentes na sala a “inscreverem-se na plataforma digital Marketplace”.

Em resposta a uma empresária do ramo hoteleiro, o responsável do TPNP anunciou o propósito de “certificar o Caminho Minhoto Ribeiro” e, no plano das reivindicações, exortou o secretário de Estado do Turismo a “valorizar o PN, pois este merece um olhar atento, porque, quando chega o mês de agosto, por excesso de visitantes, temos situações complexas de mobilidade, estacionamento, percursos e relatos de experiências menos positivas, que nos podem prejudicar no inverno. O PN é uma pérola da região e de Portugal, mas, em boa verdade, nunca lhe foi dado o carinho devido. Temos agora uma oportunidade para conquistar o secretário de Estado do Turismo para este nosso grande objetivo”, atirou Luís Pedro Martins. 

 

“Região oferece ‘pacote’ completo”

O governante Pedro Machado avultou a importância de “oferecer experiências positivas aos turistas que procuram territórios – como o PN – onde fruem do ‘pacote’ completo, ou seja, segurança, sustentabilidade, silêncio, espaço, tempo e hospitalidade”, ressaltou o secretário de Estado do Turismo, divulgando o papel dos instrumentos financeiros lançados pelo Governo, caso do ‘Turismo Mais Próximo’, para o empresariado do ramo desenvolver a sua atividade.

E onde ficam os pequenos negócios? “Para dar escala e internacionalizar os pequenos projetos turísticos, a estratégia do turismo em Portugal passa por desenvolver programas de agregação e de internacionalização que juntam empresas e financiamento para captar mercados emergentes, à boleia da inovação e da evolução dos modelos de negócio”, justificou o governante.

Em toada “otimista”, Pedro Machado notou que “o turismo está bem acima da economia em termos globais” e a atividade económica de Arcos de Valdevez “nem sequer se esgota no turismo”, mas este é um “setor poderoso de captação de riqueza”. 

A.F.B.

 

Duas perguntas ao secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado

“É importante estar a par das tendências do consumo turístico”

  1. Quais os desafios que se colocam à atividade turística?

O sucesso da atividade turística depende das seguintes premissas: estar a par das agendas e das tendências do consumo turístico internacional; dispor de mão-de-obra qualificada; e saber para onde é que vamos. 

  1. Como é que vê a aposta massiva dos municípios do Alto Minho em baloiços, cascatas e miradouros?

Não tenho informação suficiente para dizer se há uma aposta massiva, honestamente. 

 

+ Turismo

Mais dormidas em 2023

Em 2023, os estabelecimentos de alojamento turístico de Arcos de Valdevez registaram “89 mil dormidas”, o equivalente a um “crescimento de 11% face a 2022”. 

Segundo o presidente do TPNP, “o concelho arcuense vai atingir o número mágico das 100 mil dormidas em 2024”.

 

Mais hóspedes em 2023

Os registos oficiais dizem que o território de Arcos de Valdevez acolheu “44 mil hóspedes em 2023, mais 16% face a 2022”, com “duas noites de estada média”. 

 

Mais proveitos totais 

A área do alojamento turístico de Arcos de Valdevez lucrou “5 milhões de euros em 2023, um aumento de 19% em relação a 2022”.

 

Mais alojamento com a reabertura do Hotel do Mezio “em 2025”

Encerrado desde agosto de 2017, o Hotel do Mezio “foi adquirido por uma investidora portuguesa”, confirmou ao NA o presidente do TPNP. 

“Os trabalhos de recuperação já começaram, espero que a unidade reabra no próximo ano, será, sem dúvida, uma mais-valia para a oferta turística do concelho”, rejubila o edil João Manuel Esteves.  

 

Mais competitivo 

Portugal é o “12.º país mais competitivo do mundo em matéria de turismo”, realçou o secretário de Estado do Turismo, um setor que “representa 20% do nosso produto interno”. 

Segundo as projeções do Governo para 2024, a receita nacional de turismo rondará os “27 mil milhões de euros, o equivalente a 1,5 PRR por ano”. 

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