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Quinta-feira, Dezembro 26, 2024
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Hino da Revolução assinalou 49.º aniversário do 25 de Abril

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Momento alto das comemorações

Hino da Revolução assinalou 49.º aniversário do 25 de Abril

As cerimónias comemorativas do 25 de Abril desenrolaram-se em três atos. Arrancaram, pouco depois das 9.30, na Praceta Combatentes do Ultramar, com uma homenagem aos militares arcuenses (vivos e mortos) que lutaram bravamente pela pátria; prosseguiram, como de costume, na Praça Municipal, com o tradicional içar de bandeiras; e terminaram, em festa, na Casa das Artes, com o concerto da Sociedade Musical de Arcos de Valdevez (SMAV).

O Dia da Liberdade, com muito poucos cravos na lapela (Custódia Cunha, de Aguiã, e António Maria de Sousa, presidente da Junta de Távora, foram talvez os únicos que deram uso ao símbolo de Abril), serviu de mote para lembrar um dos mais marcantes acontecimentos da história contemporânea portuguesa: a guerra colonial. Neste primeiro andamento, sem o toque de silêncio que dantes era dado pelo clarim (e sem o ressoar da Portuguesa), foi depositada uma coroa de flores junto ao monumento que homenageia os antigos combatentes pela sua indelével entrega e amor à pátria (de 1961 a 1974). Com saudade, foram lembrados os 25 arcuenses tombados no Ultramar.

Na sua breve alocução, o presidente da Câmara Municipal referiu que “esta comemoração convoca, de forma simbólica, os três grandes objetivos associados ao 25 de Abril: descolonização, democratização e desenvolvimento. Por isso, neste momento, é justo render uma homenagem aos nossos antigos combatentes do Ultramar que tombaram pelos valores da pátria. Fizeram-no com coragem, força e vigor, contribuindo também eles para uma mudança decisiva no rumo de Portugal há 49 anos”, sublinhou João Manuel Esteves, a despeito de ainda não ter sido criada localmente uma Associação ou Liga de Combatentes, ao contrário do que foi anunciado, há anos, como desafio nesta mesma Praceta.

Cerimónias na Praça Municipal

O segundo ato da jornada evocativa teve como ponto alto a cerimónia oficial de comemoração do 25 de Abril, com bastante público a assistir na Praça Municipal.

Na presença de individualidades políticas, civis e militares, a sessão que assinalou o Dia da Revolução começou com o hastear de bandeiras (Concelhia, Nacional e da União Europeia), com a Guarda de Honra a ser feita pelo corpo ativo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez (e respetiva Fanfarra), pelo Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 214 e pela Banda da Sociedade Musical de Arcos de Valdevez.

Na altura do içar de bandeiras, a banda arcuense tocou, com grande entrega e virtuosismo, como é seu timbre, o hino português.

Concerto sinfónico

O momento artístico que se seguiu à parada na Praça Municipal quase lotou a Casa das Artes, onde a SMAV deu um grande concerto sinfónico, um autêntico recital de ecletismo, deixando o público completamente rendido à qualidade performativa da famosa banda arcuense.

Sob a regência do maestro Álvaro Pinto, os cerca de setenta músicos interpretaram, com brilhantismo, composições como Olympica (de Jan Van der Roost), alusiva à temática da luta; Danza Sinfonica (de James Barnes), escolha perfeita para uma viagem pelos vários naipes e ritmos da banda; e, acima de todas, a icónica Grândola, Vila Morena (de José Afonso, com arranjo de Luís Cardoso), canção revolucionária que se tornou hino da Revolução.

A.F.B.

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