O Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa e o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território estão empenhados na melhoria da rede de infraestruturas de apoio à investigação em Portugal e, por isso, formalizaram em 2020 na branda de São Bento do Cando o apoio ao projeto “Branda Científica de São Bento do Canto (Gaviera)”, em pleno Parque Nacional.
A iniciativa consiste na instalação de uma estação de investigação na Branda de São Bento do Cando. A estação terá uma zona dormitório para estudantes de doutoramento e investigadores, uma zona de laboratórios direcionada a diversas áreas de conhecimento, um auditório e uma residência artística. Tudo isto através da beneficiação das infraestruturas existentes.
Do ponto de vista científico, a estação permitirá investigação interdisciplinar de suporte à estratégia europeia “restauro da biodiversidade e ecossistemas na Europa e a gestão sustentável dos recursos naturais” no domínio dos territórios de montanha. O investimento ajudará a melhorar a qualidade da investigação efetuada e integrará Portugal na rede de países europeus com infraestruturas dedicadas à investigação em territórios de montanha.
Em suma, a Branda Científica será o “motor” de uma nova agenda de investigação e desenvolvimento de âmbito internacional sobre a região do Parque Nacional e da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés, “contribuindo para a coesão territorial e diversificação socioeconómica”.
O projeto a erguer na Branda de São Bento do Cando funcionará em conexão com a futura estação científica de Mértola, mas a investigação será alargada ao Brasil e aos PALOP (Angola e São Tomé e Príncipe), com o objetivo de antecipar as consequências do fenómeno das alterações climáticas.