O mundo mudou e continua a mudar todos os dias. Mas há ainda os saudosistas contrários à própria condição humana. Todos queremos mais e melhor. Mas a lenda do “homem das cavernas” continua a ser um computador para iludir o ser humano, ou, pelo menos, mantê-lo submisso aos seus interesses pessoais. No entanto, noutras latitudes a visão é toda direcionada para o futuro. Veja-se o progresso da China.
Enquanto isso, há terras como Arcos de Valdevez onde nada muda, onde as pessoas não mudam. A natureza é brilhante, mas os arcuenses para se realizarem profissionalmente procuram outros meios e em idade ativa a população diminuiu substancialmente. Apesar das más políticas locais, a administração em nada se alterou. Mas mudar é preciso, mas para melhor…
O terramoto…
No dia 26 de agosto em Portugal fez-se sentir um terramoto que felizmente não causou vítimas nem danos materiais. E nem sei por que razão o Governo foi logo de imediato felicitado pela ação rápida e eficaz. Ora se nada aconteceu por que motivo este Governo diz que “a resposta foi eficaz”? Ou será que a eficácia só irá funcionar quando nada acontece? Da nossa parte só desejamos que futuramente nada aconteça, porque não gosto de atribuir louvores a quem não os merece…
O regresso…
O regresso dos cofres cheios que a ex-ministra Maria Luís Albuquerque (nomeada comissária europeia pelo PSD) afirmava quando foi obrigada a entregar o Governo a António Costa. A troika ameaçava e o PS herdou as maiores dificuldades da sua história para a restauração das finanças e a credibilidade dos parceiros europeus. E isto deve-se ao esforço de António Costa, um trabalhador nato, que vai assumir em dezembro um alto cargo europeu. Mas, em contraste, o PSD aponta-nos para um passado em que figuras anacrónicas como Passos Coelho e Marques Mendes disputam a eleição presidencial para sucederem a Marcelo Rebelo de Sousa. Entretanto, as trapalhadas de Montenegro sucedem-se e o SNS continua em erosão e em sérios riscos de ser entregue a exploradores privados.
Vila ou Freguesia?
Ninguém com imparcialidade e bom senso entenderá o eterno “é Vila ou Freguesia” em referência à Vila de Soajo. Há colunistas neste jornal que usam “vila” e “freguesia”, deixando os leitores confusos. Pessoalmente, considero Soajo como a terra mais conhecida no concelho de Arcos de Valdevez, e seu passado histórico confere-lhe o direito de se afirmar como Vila, mas definitivamente. Chega de tanta confusão, por isso, os autarcas e ainda mais o povo de Soajo devem manifestar-se em defesa de um direito a que têm direito, pena que algumas figuras que, no passado tinham voz reivindicativa, estejam hoje adormecidas e acomodadas. Para nós esta novela faz-nos lembrar uma peça de teatro em que, no início e no fim, a atriz Céu Guerra perguntava: é Menino ou Menina?
Ruas esburacadas…
Não se entende que ruas recentemente asfaltadas se apresentem em mau estado. Mas a verdade é que inúmeras pessoas se queixam dos buracos em muitas das ruas da vila arcuense. O povo paga, a Câmara também não tem falta de dinheiro até porque o Partido Socialista, enquanto foi Governo, sempre destinou verbas importantes do Orçamento do Estado para os municípios.
Enfim, de promessas está o povo cheio. Mas que dizer das garantias dadas aos sem-abrigo pelo Presidente da República, que, pelo visto, se vai ficar por beijinhos, abraços e selfies? Sem dúvida que Portugal precisa de políticas responsáveis e efetivas, porque de promessas já nos chegam as de Fátima.
A. Peixoto