6.2 C
Arcos de Valdevez Municipality
Quarta-feira, Dezembro 11, 2024
InícioCulturaD’Art-Vez “cruza culturas” e “desmistifica a identidade de cada povo”

D’Art-Vez “cruza culturas” e “desmistifica a identidade de cada povo”

Date:

Relacionadas

LIADTEC – Lithium Advenced Technology adquire fábrica da ACCO Brands

A ACCO Brands, fábrica recém-encerrada no parque empresarial de...

Estado do Concelho discutido na Assembleia Municipal

Na Assembleia Municipal (AM) de 29 de novembro, os...

Emigração de licenciados

Em meados da década de 70 desloquei-me à Finlândia...
spot_imgspot_img

A “D’Art-Vez”, bienal de artes de Arcos de Valdevez, foi inaugurada na Casa das Artes no passado dia 18 de novembro, em Soajo no dia 19 e em Sistelo no dia 26 do referido mês. Há 29 anos que a iniciativa é dedicada às diversas expressões de arte e 2023 não é exceção. A 14.ª edição, pluritemática, reúne 170 obras, de 140 artistas (nacionais e internacionais), de várias gerações, incluindo dezenas de arcuenses ou com ligações aos Arcos. As mostras – de técnicas e superfícies tão variadas como a escultura, a fotografia, a madeira, o ferro, o mármore, a pintura em acrílico, a pintura a óleo sobre tela, os figurativos, as paisagens, bem como os diferentes movimentos representados, entre realismo, surrealismo, hiper-realismo, abstracionismo, dadaísmo, cubismo… – estarão patentes até 28 de janeiro de 2024.

O curador da exposição referiu ser uma “alegria festejar esta manifestação artística, que é de uma importância incalculável”, começou por dizer o curador António João Queiroz Aguiar na abertura do polo na Casa do Povo da Vila de Soajo, antes de se deter um pouco sobre a essência da arte.

“Temos de olhar para a arte de uma forma diferente. O mais importante que existe na vida é a arte, tudo o resto é urgente: a medicina é urgente, ter um hospital é urgente… Mas a arte é importante, é aquilo que nos faz crescer, é como se fosse uma escada para chegarmos a um topo onde nunca chegamos. A arte leva-nos para aí, portanto, temos de contemplar a arte e aquilo que é belo, nós existimos para contemplar, não somos trabalhadores escravos”, atalhou Aguiar. 

Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal sublinhou que “há nas várias mostras um cruzamento de culturas que nos definem como povo e cada [povo] tem as suas diferenças e a sua própria identidade”. 

“Cada um de nós dá a sua interpretação e vê aquilo que quer, é isso marca a diferença, se não fosse assim, provavelmente, a arte já não teria a capacidade de nos despertar”, observou João Manuel Esteves.

Para a organização, a D’Art-Vez deste ano “oferece, de novo, um portfólio ou uma coleção para todos os públicos” e “promove a descentralização da cultura”. Seguindo uma inovação estreada em edições anteriores, a mostra de 2023 está dispersa pela Casa das Artes arcuense, por várias montras da sede do concelho, pela Casa do Povo da Vila de Soajo e pela Casa do Castelo de Sistelo. Conseguida esta combinação, o desafio maior que se coloca tanto à D’Art-Vez como a qualquer manifestação artística é “induzir o desenvolvimento”, afinal, “a arte, na sua verdadeira dimensão, provoca-nos, inspira-nos e serve de motivo para o progresso social, cultural e económico do território”.

A próxima bienal realizar-se-á em 2025. 

A.F.B.

Subscreva

- Never miss a story with notifications

- Gain full access to our premium content

- Browse free from up to 5 devices at once

Recentes