Misturam-se, confundem-se e até parece que só se entendem em véspera de eleições. Veja-se o caso de António Costa e Miguel Albuquerque (na Madeira). Dois casos graves, mas sem origem credível, e que levaram à demissão quer do Governo da República quer do Governo Regional da Madeira. A queda dos governos e as implicações não têm responsáveis, pois a Justiça acusa e logo de seguida parece que nada aconteceu. E, se nada aconteceu, quem é que levantou suspeitas infundadas? Onde estão os culpados?
A Justiça “descobriu” um telefonema onde se dizia que “poderiam contar com ele”. Na dúvida, António Costa demitiu-se em nome da “dignidade do cargo” e o Presidente da República, afoitamente, aceitou. Pudera! As novas eleições vão custar-nos muito dinheiro, mas o culpado não sou eu, nem o povo que trabalha, garanto. Enquanto isso, Portugal tem as contas certas e o Governo de António Costa continua como grande referência na Europa.
Passadas várias semanas, sabe-se agora que o juiz de instrução da Operação Influencer considera “vagas” e “contraditórias” as suspeitas do Ministério Público contra António Costa.
Noutro âmbito, não entendo por que razão Duarte Lima, assassino no Brasil e assaltante de milhões de dólares, continua à solta em Portugal? De quem é a culpa? Veja-se também o misterioso caso de José Sócrates, que, considerado culpado nem sei de quê, anda pelos tribunais a pedir para ser julgado, e já se passaram vários anos sem que isso tivesse acontecido? De quem é a culpa? Sei que não é minha, mas o direito à informação do lado da Procuradoria Geral da República, em vez do ruído, deveria ser soberano…
O injustiçado…
Ninguém pode ignorar o trabalho a favor do nosso País como aquele que o primeiro-ministro, António Costa, protagonizou desde finais de 2015. Lutou em todo o lado onde fosse possível conquistar apoios para Portugal. Venceu crises diabólicas (Covid-19, a maior de todas) e conseguiu superar as dificuldades de um contexto internacional francamente desfavorável (guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza). Portugal liderou (e lidera), com reconhecimento, alguns dos mais importantes organismos mundiais. Hoje, somos um país respeitado e a nossa voz faz-se ouvir no chamado mundo Ocidental.
Carnaval internacional
Mais uma vez o Carnaval dos Arcos, com os parceiros galegos, envergonhou muitos arcuenses. O Carnaval sem a participação do público não é Carnaval, aqui ou em qualquer outro lado. Uma escolinha que funcionasse durante o ano, dirigida por pessoas capazes, seria o necessário para um desfile como os de Sesimbra, Bairrada, Mealhada e Loures. Nestas terras há Carnaval e, de certeza, menos oneroso do que o nosso. Convenhamos que trazer grupos carnavalescos da Galiza não puxa pela identidade da nossa terra e, por isso, ouvi muitos comentários e reparos nesse sentido.