Fala-se tanto em turismo massificado e até há por aí quem se dê ao luxo de o selecionar, sobretudo na época alta. Mas de setembro a abril/maio, e a não ser o funcionalismo público, a vila arcuense está deserta. Aos domingos e feriados, os antigos “turistas” do garrafão, que já perderam esse hábito, aparecem por cá, enchem os restaurantes e bares, e a sede do concelho vive alegre nos fins de semana. As concertinas animam os curiosos e os dançarinos do Trasladário fazem o gosto e muitos permanecem durante horas a mirar os trejeitos das dançarinas. E a diferença já se nota nos horários da restauração, que, felizmente, fecha portas para o merecido período de férias. E isto é turismo.
O que é preciso é que a Administração local deixe de lado os arcaicos hábitos das nossas festas, sobretudo as do Concelho, que, de ano para ano, ficam empobrecidas e descaracterizadas. Nova gente, novos eventos, melhor acolhimento, porque o concelho de Arcos de Valdevez tem condições para se impor turisticamente, mas infelizmente faltam ideias e gente com rasgo no partido do poder.
A descentralização…
A nível local não se pode falar de descentralização. É na vila dos Arcos onde tudo acontece, dos empregos selecionados ao conforto, dos eventos sociais à oferta cultural… Os serviços públicos e os investimentos concentram-se na sede do concelho para onde são atraídos os moradores das aldeias, com efeitos visíveis na desertificação dos núcleos rurais. As aldeias estão despovoadas – como diria o camarada e amigo Antonino Cacho, aí já não ladra sequer o cão, não mia o gato e os bovinos ninguém os vê.
As “mentiras” e o Orçamento do Estado…
O Orçamento do Estado ocupa boa parte da cobertura mediática. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi lesto com as mentiras assacadas a António Costa do PS. Aceitou tudo com sonhos cor de rosa. António Costa bateu com a porta e foi eleito presidente do Conselho Europeu (entra em funções a 1 de dezembro de 2024), onde tudo tem outras dimensões. As eleições foram para a rua e o Ventura virou desventura para muitos, mas o eleito foi Montenegro, que, segundo os bem informados, anda agora numa troca de “mentiras” e acusações com o líder do Chega, sem que o povo saiba quem mente mais. Veremos até quando resiste a AD, atrevo-me a dizer que não vai durar a legislatura…
O Nobel da Paz
António Costa recebeu prémio da UNESCO para a paz e o Nobel da Paz, na minha opinião, deve ser atribuído a António Guterres. A sua luta pela paz tem sido notável, sobretudo depois de os sionistas terem invadido a Palestina para perpetrarem o maior genocídio da história da humanidade. A ONU concedeu, abusivamente, a Israel o privilégio de se instalar geograficamente em território dos árabes, e os Estados Unidos, por sua vez, fizeram de Israel um dos países mais bem armados, incluindo o fornecimento de ogivas nucleares.
Enquanto isso, a Europa está de olhos fechados para o genocídio que continua a expandir-se no Mundo Árabe. É justo por isso que o terceiro Prémio Nobel tenha Portugal (na pessoa de Guterres) como destinatário, depois de Egas Moniz (Nobel da Medicina em 1949) e José Saramago (Nobel da Literatura em 1995).
- Peixoto