A Assembleia Municipal de 30 de junho ficou assinalada por vários momentos acalorados, sobretudo na discussão relativa à companhia Águas do Alto Minho (AdAM), com o presidente da Junta da União das Freguesias de Távora a fazer ressaltar os elevados custos inerentes ao tarifário da água.
“Agora é que chegou o pico da roubalheira e da lenta resposta às ordens de serviço. Em relação aos custos praticados no Porto, o preço da água concessionada pela AdAM é três vezes mais caro. E, quanto à morosidade dos serviços solicitados, tenho conhecimento de que há casos de cidadãos que têm de aguardar, pelo menos, seis meses para que seja feita a instalação de contadores. Isto é inaceitável”, condenou António Maria Sousa.
Presidente da Câmara indigitado vogal não executivo do Conselho de Administração da AdAM
Entretanto, depois de abandonar o cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral da AdAM, o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez foi indigitado novo vogal não executivo do Conselho de Administração da sociedade, órgão que é presidido por Fernando Vasconcelos.
A este respeito, o autarca de Távora sugeriu que, daqui a dois anos e meio, João Manuel Esteves fará o trampolim para um cargo executivo. “Já descobri que o senhor presidente da Câmara Municipal é administrador da AdAM. […] Ou seja, quando o senhor sair da Câmara, vai ficar com um bom tacho, e quem vai pagar será a população arcuense”, atalhou António Maria Sousa.
Notas
. Ausências e atrasos dos eleitos. Os deputados António Faria (CDS), Eduardo Pontes (PS) e Madalena Alves Pereira (PS) reclamaram uma “maior responsabilização dos membros eleitos, os quais devem estar mobilizados para assistir e participar nos trabalhos, conforme juramento feito. Mas, lamentavelmente, há deputados que estão a brincar com o dinheiro do erário público. Os atrasos e as saídas antes de tempo exigem um trabalho de monitorização, com marcação de faltas, se for caso disso”.
. “Chamadas para controlar presenças”. O presidente da Assembleia, Francisco Araújo, acatou a sugestão de CDS e PS, prometendo, a partir de setembro próximo, “controlar a assiduidade dos deputados através de chamada, tanto no início como no fim dos trabalhos”. De referir que, na sessão de 30 de junho, o grupo municipal do PSD se apresentou bastante desfalcado – também a deputada única da CDU esteve ausente e não se fez substituir.
. “Multas a eito”. O presidente da Junta de Távora visou a “GNR por esta força de segurança “estar a autuar a torto e a direito, qualquer dia as pessoas não podem vir à vila dos Arcos por causa da caça à multa”.
. “Solução para as autocaravanas”. O CDS reafirmou que “o local onde os autocaravanistas estacionam as viaturas – no parque fronteiro à sede do Clube Náutico de Arcos de Valdevez – é inapropriado. Esta lacuna na nossa oferta turística tem se ser rapidamente colmatada”, defendeu António Faria.
. “Falta de homens e de contentores”. António Maria Sousa manifestou-se preocupado com a higiene e a salubridade do espaço público. “Devido ao grande volume de lixo que se gera no estio com o aumento da população, vai acentuar-se a falta de recursos. A liderança é boa, mas é preciso investir, há falta de homens e de contentores”, alertou o autarca.