9 C
Arcos de Valdevez Municipality
Quarta-feira, Dezembro 11, 2024
InícioSaúdePrioridades de investimento na área da saúde no Alto Minho

Prioridades de investimento na área da saúde no Alto Minho

Date:

Relacionadas

LIADTEC – Lithium Advenced Technology adquire fábrica da ACCO Brands

A ACCO Brands, fábrica recém-encerrada no parque empresarial de...

Estado do Concelho discutido na Assembleia Municipal

Na Assembleia Municipal (AM) de 29 de novembro, os...

Emigração de licenciados

Em meados da década de 70 desloquei-me à Finlândia...
spot_imgspot_img

A CIM Alto Minho e os autarcas da região exortaram o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a responder a um conjunto de “assuntos prioritários” relacionados com o setor da saúde, num encontro ocorrido na capital do distrito no mês findo. O diagnóstico de necessidades está feito há algum tempo e os projetos de execução e outras peças técnicas já estão elaborados, num trabalho que juntou a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) e os dez municípios da região. Apresentar uma candidatura a fundos comunitários, em particular ao Plano de Recuperação e Resiliência, é o objetivo da parceria.  

“Nesta reunião, foram abordados temas como a necessidade de criar condições de financiamento 

adequado ao investimento e ao funcionamento dos serviços de saúde no Alto Minho. O ministro ficou a par dos investimentos prioritários, como a reabilitação de infraestruturas e o reforço de recursos humanos e materiais nos edifícios dos cuidados de saúde primários, além da valorização dos serviços de proximidade, através das novas tecnologias”, conta João Manuel Esteves.

Igualmente discutido foi o modelo de financiamento da ULSAM e as dificuldades que este modelo (Unidade Local de Saúde) encerra para o Alto Minho. “A baixa capitação, em comparação com outras regiões do país, coloca em risco a capacidade de investimento em infraestruturas e equipamentos essenciais para uma melhor resposta dos serviços de saúde no Alto Minho, assim como a própria capacidade de resposta instalada e de funcionamento das valências e especialidades da ULSAM”, observa o presidente do Município arcuense.

 

Para João Manuel Esteves, “há uma dificuldade que decorre do facto de a região do Alto Minho (abrangida pela NUT III) estar integrada numa Unidade Local de Saúde e, portanto, as instalações são todas afetas à ULSAM, o que quer dizer que não foi concretizada a transferência de competências. […] Para que possamos executar as obras necessárias temos de celebrar um acordo, não é uma dificuldade insanável, basta recordar que, no setor da educação, as empreitadas foram realizadas. Como? O edifício da Escola Secundária Tomaz de Figueiredo não era pertença da Câmara, mas, durante um certo período de tempo, foi transferida a sua propriedade para o Município e, no fim da empreitada, procedeu-se à respetiva restituição. A este respeito, o ministro da Saúde até admite ir mais longe, através de uma proposta de alteração à legislação para que o processo subjacente à Unidade Local de Saúde seja desfeito, permitindo deste modo que os municípios possam vir a reabilitar as infraestruturas degradadas. Apesar dos estrangulamentos existentes, o mês de junho talvez traga novidades relativamente aos concursos lançados para as diferentes obras”.  

ULSAM sem serviço de radioterapia 

Uma outra preocupação levantada durante a reunião prendeu-se com a “inexistência” do serviço de radioterapia no Hospital de Santa Luzia. “A CIM Alto Minho ressaltou a importância deste serviço para o tratamento de doentes oncológicos na região e apresentou as suas propostas visando a implementação desta valência tão essencial no hospital”, diz em comunicado a CIM Alto Minho.

Segundo João Manuel Esteves, o titular da pasta da Saúde garantiu que “vai ser elaborado um estudo em que a questão central não é tanto saber se há (ou não) meios para adquirir o equipamento, mas certificar se tecnicamente é ou não relevante fazer esse investimento, tendo em conta a especificidade de alguns tratamentos e a especialização dos recursos humanos. É esta ponderação que vai ser feita. Se, eventualmente, houver muitos tratamentos a fazer que não sejam complexos nem específicos, se calhar, compensa ter o serviço de radioterapia no Hospital de Viana do Castelo. Ao invés, se estivermos a tratar de situações muito específicas, que carecem de pessoal especializado, então, será preciso continuar a insistir para que os pacientes tenham mais facilidade de acesso e menos tempo de espera”.

“Novo Conselho de Administração da ULSAM até finais de julho”

Também a necessidade de nomeação de novos titulares para o Conselho de Administração (CA) da ULSAM subiu a primeiro plano neste encontro de trabalho, uma vez que o mandato do atual CA terminou em 2019. Nesta circunstância, foi “salientada a importância de garantir estabilidade na gestão e no funcionamento da unidade de saúde”, devendo a situação ficar regularizada “até ao final do mês de julho”.

Tanto o Ministério da Saúde como a CIM Alto Minho e os autarcas da região “estão comprometidos em procurar soluções conjuntas para enfrentar os desafios e garantir as melhorias necessárias nos serviços de saúde da região”, ressalva a Comunidade Intermunicipal. 

Unidade de Internamento do CSAV “subaproveitada”

Entretanto, o encontro de trabalho proporcionou um espaço para o edil de Arcos de Valdevez apresentar as suas inquietações em relação ao Centro de Saúde de Arcos de Valdevez (CSAV). “Coloquei ao senhor ministro a questão da Unidade de Internamento dos Cuidados Paliativos do CSAV, uma vez que um dos pisos do edifício não está a ser utilizado. O ministro ficou de analisar a situação”, informou João Manuel Esteves na reunião de Câmara de 25 de maio. 

A.F.B.

Subscreva

- Never miss a story with notifications

- Gain full access to our premium content

- Browse free from up to 5 devices at once

Recentes