No âmbito das comemorações dos cinquenta anos do 25 de Abril, o Município de Arcos de Valdevez, em colaboração com diversas instituições arcuenses, está a preparar um conjunto de iniciativas para evocar a efeméride.
O primeiro momento comemorativo coincide com a realização da Semana Concelhia da Leitura, da Ciência e das Artes, entre 8 e 12 de abril, cuja temática será alusiva ao 25 de Abril.
O programa prevê, a 13 de abril, o evento “Filhos de Gil e Veloso”, com música do Brasil, mas em estreita relação com a “Revolução dos Cravos”.
Segundo a vereadora Emília Cerdeira, a 22 de abril, será organizada uma tertúlia alusiva à data, em colaboração com o Conservatório de Música e Dança de Arcos de Valdevez, nas instalações do Agrupamento de Escolas de Valdevez.
O cartaz festivo contempla, no dia 25 de Abril, cerimónias oficiais com o hastear das bandeiras, seguido de um concerto da banda da Sociedade Musical Arcuense, além da abertura de uma exposição subordinada ao papel que o concelho de Arcos de Valdevez desempenhou na Revolução.
Por fim, no dia 27 de abril, subirá a primeiro plano o concerto “Zeca, sempre 25 de Abril”, com Nuno Guerreiro, Olavo Bilac, Tozé Santos e Vítor Silva.
Proposta da oposição acolhida pela maioria
Sob proposta do PS, foi recomendada a atribuição do nome de Salgueiro Maia a uma rua nova de Arcos de Valdevez, em articulação com a Comissão de Toponímia.
“Os vereadores do PS, no âmbito das celebrações dos cinquenta anos da Revolução do 25 de Abril, gostariam de recomendar à Câmara e à Comissão de Toponímia do Município que encete o processo de identificação de uma rua do concelho, no centro urbano, que possa albergar o nome de Salgueiro Maia, personagem maior da Liberdade conquistada na Revolução dos Cravos”, começou por dizer João Braga Simões na reunião de Câmara de 15 de fevereiro.
“O, à data, Capitão Salgueiro Maia, tendo sido um dos fundadores do Movimento das Forças Armadas, liderou, na madrugada de 25 de Abril, a sua unidade da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, no cerco ao Terreiro do Paço e ao Quartel do Carmo, tendo obtido a rendição de Marcello Caetano, o último Presidente do Conselho do Estado Novo. Foi, além de um comandante militar exímio, uma figura de solidez de carácter inquebrável, um exemplo de abnegação e entrega à Democracia e às causas justas. O País deve-lhe a preservação da sua memória e do seu legado e Arcos de Valdevez deve ser chamado a participar, honrando uma rua do concelho com o seu nome”, acrescentou o vereador socialista.